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terça-feira, 30 de junho de 2009

A "EVOLUÇÃO DA MÚSICA BRASILEIRA"

A "EVOLUÇÃO DA MÚSICA BRASILEIRA"

NA DÉCADA DE 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora, canta:
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada. És formada com o ardor da alma da mais linda flor, de mais ativo olor, que na vida é a preferida pelo beija-flor..."

DÉCADA DE 40:
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para a Rádio Nacional e manda oferecer a amada uma linda música:
" A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua, costuma se embriagar. Nos seus olhos eu suponho, que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar"

DÉCADA DE 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma bela bossa:
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que vem e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema. É a coisa mais linda que eu já vi passar."

DÉCADA DE 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço, ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito. Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."

DÉCADA DE 70:
Ele chega em seu fusca, com tala larga, sacode a vasta cabeleira abre a porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar.... Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar...."

DÉCADA DE 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."

DÉCADA DE 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos pra voltar. E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente não faz por amor?"

EM 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão.
Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim!
Eu vou te cortar na mão! Vou sim, vou sim!
Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou sim!"

EM 2002:
Ele pára o automóvel totalmente rebaixado, e no mais alto volume solta o som:
"Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu grelinho....
Vai Serginho, vai Serginho...."
Vem minina num si ispanta, gozá na tua garganta...."

Onde foi que erramos?
Conhecemos uma sociedade pelas suas celebridades... Onde estão as pérolas raras que imortalizaram a música brasileira, a saber: Os Caetanos, Os Gilbertos... Até quando abusarão da nossa paciência?
Será que ainda é possível piorar??
Já piorou:
"POCOTÓ, POCOTÓ, POCOTÓ, MINHA ÉGUINHA POCOTÓ!"!!!
"CRÉU, CRÉU, CRÉU, CRÉU, CRÉU...."

Tirei esse texto do Perfil de um amigo meu no Orkut, expressa bem minha opinião.

2 comentários:

juliane disse...

a evolução "ao contrário" deixa-nos assustados pois se antes se ouvia poesia, paixão em belas canções, hoje vemos funk´s com a pretensão de ser música que são uma aula de porcaria e obscenidade desprezando (infelizmente tudo aquilo que foi conquistado pelos grandes compositores e poetas do passado,
ainda há tempo vamos trazer de volta a boa música e deixemos na lata de lixo o que não poderia sair de lá

Anônimo disse...

eu concordo com a juliane o lixo deve ser jogado no lixo nao poluiremos assim o meio ambiental sonoro